Quando falamos de inteligência geográfica, sempre nos referimos ao tipo de resposta que vamos desenvolver ao encarar um problema de negócio. Segundo CEREDA JUNIOR & GONÇALVES, as empresas, pessoas e entidades devem se apropriar tecnicamente de uma plataforma de análise de informações geográficas – SIG/GIS. No entanto, o uso dos Sistemas de Informação Geográfica ainda não é totalmente explorado, resumindo-se apenas à geração de mapas ou infográficos.
As práticas de coleta, armazenamento, padronização de simbologia e estruturação de rotinas de processamento – a partir do modelo orientado ao projeto, ou seja, a unidade de mapeamento (município, bairro ou bacia hidrográfica) – são ações que garantem soluções integradas ou avaliações assertivas. Logo, o Geodesign surge como um conceito capaz de estender o perfil analítico do GIS para um ambiente integrado e modelado.
Fonte: ESRI.com
O conceito de Geodesign, que foi criado por Carl Steinitz, se define no uso do processo de design para a Análise Geográfica por meio de um conjunto de métodos necessários para resolver problemas amplos, complexos e significativos relacionados à projetos de análise espacial em diferentes escalas geográficas, de um bairro a uma cidade, uma região ou uma bacia hidrográfica (STEINITZ, 2012). A Figura acima ilustra o papel do design no processo de modelagem do cenário geográfico na qual o usuário pretende realizar os mapeamentos dos planos de informação.
O Geodesign não se limita ao uso do GIS. Há a possibilidade de integração com interfaces que permitem que o GIS trabalhe com tecnologias adicionais, como o Computer Aided Design (CAD) e modelagens de cenários (laser scanner). Em princípio, elementos de design de alto nível associados a um novo projeto podem ser mapeados apenas para verificar a adequação quando comparados com dados topográficos, sociais e econômicos conhecidos.
Pelo lado do público que irá consumir as informações espaciais, a colaboração cartográfica surge de forma mais consistente e padronizada com os métodos de Geodesign. Com o escopo de trabalho bem definido e aberto à colaboração, diversos setores da esfera pública são capazes de gerenciar projetos e dados de um único local, permitindo que tomem decisões consistentes e unificadas.
Em vista disso tudo, o mercado consumidor das soluções GIS vê a inclusão da funcionalidade de geodesign como uma extensão do desenvolvimento das geotecnologias. Dessa forma, no tocante ao geodesign, só é possível sua implementação com o suporte do GIS, uma vez que requer mapas de base precisos e necessários para trabalhar, mas espera-se que o conceito não comente aos usuários do GIS mas aos planejadores no uso dessas ferramentas.