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Geoprocessamento: tudo o que você precisa saber antes de entrar na área!

O geoprocessamento nos auxilia a conhecer diversas informações relevantes sobre a nossa infraestrutura social, seja ela rural ou urbana.

 

Através do geoprocessamento, temos acessos aos mais diversos dados técnicos, desde densidade demográfica a taxa de desmatamento na Floresta Amazônica.

 

Devido à sua importância, a área de geoprocessamento é bastante requisitada no mercado de trabalho. Em compensação, há poucos profissionais realmente qualificados interessados em adentrar no setor.

 

Por isso, viemos te apresentar as aplicações do geoprocessamento, o que faz um técnico em geoprocessamento e qual o seu salário.

 

Vamos lá?

O que é geoprocessamento?

Geoprocessamento é um conjunto de técnicas e procedimentos cujo objetivo é tratar dados geográficos a partir de softwares avançados.

 

Esses softwares, por sua vez, utilizam dados georreferenciados para basear a sua interpretação.

 

Vale destacar que o geoprocessamento está inserido nos Sistemas de Informações Geográficas (SIG), ou seja, sistemas que usam o cálculo computacional para estudar o espaço terrestre.

 

A técnica de geoprocessamento é relativamente nova, com as suas primeiras tentativas de estudo sendo iniciadas nos anos 50, nos EUA e na Inglaterra.

 

Apesar disso, sua utilização revolucionou a maneira de tratar informações cartográficas, de recursos naturais ou de transportes, já que centenas de milhões de dados são gerados em pouquíssimo tempo.

 

E isso, consequentemente, abre margem para uma evolução social muito mais avançada.

Aplicabilidade do geoprocessamento

Se você ainda é novo na área, tudo o que dissemos até aqui pode parecer grego, mas verá que as aplicações do geoprocessamento são mais comuns do que você imagina.

 

Quando você quer ir para algum lugar desconhecido, a pé, de carro ou transporte público, como você faz para encontrar o caminho correto?

 

Você utiliza um serviço de pesquisa e visualização de mapas de satélite da Terra ou um Sistema de Posicionamento Global. Em outras palavras, você usa o Google Maps ou um GPS.

 

Apesar dessas serem as maneiras mais conhecidas, o geoprocessamento também pode ser aplicado à previsão de eventos meteorológicos. É através dos SIGs que a estação meteorológica consegue prever se terá chuvas intensas, ciclones ou vendavais.

 

Há, ainda, a geração de dados referentes a situação ambiental de determinado lugar, assim como observamos na Floresta Amazônica.

 

Enfim, existem diversas aplicações do geoprocessamento que usufruímos no cotidiano, mas que passam desapercebidas por simplesmente não termos contato com pesquisadores da área.

 

De qualquer forma, você pode se informar muito mais caso decida fazer um curso grátis de geoprocessamento.

Geoprocessamento e os sistemas de informações geográficas

Como dito anteriormente, o geographic information system (GIS), também conhecido como sistema de informação geográfica (SIG), é um compilado de softwares, hardwares e recursos humanos que permitem analisar, representar e gerenciar inúmeras informações geográficas.

 

Neste caso, os SIGs trabalham as informações geradas em segmentos. Dessa forma, os analistas conseguem filtrar quais são as informações relevantes que devem ser utilizadas em cada projeto.

 

Especificamente sobre o geoprocessamento, os SIGs podem ajudar a identificar os seguintes aspectos:

 

  • Localização: características de um local;
  • Condição: características detalhadas de determinado objetivo;
  • Tendência: comparação entre situações temporais ou espaciais;
  • Rotas: cálculo computacional dos melhores trajetos entre dois pontos;
  • Modelos: relatórios explicativos fundamentado no comportamento de certo fenômeno espacial.

 

No Brasil, a principal aplicação do SIG no geoprocessamento é através do planejamento e ordenamento territorial. Por exemplo, o controle e o monitoramento do desmatamento na Amazônia.

 

Em resumo, o geoprocessamento utiliza o sensoriamento remoto e o sistema de posicionamento global para tratar informações geoprocessadas e, consequentemente, gerar gráficos, mapas ou cartogramas.

Quais são os softwares utilizados neste tipo de serviço?

Assim como qualquer outra área tecnologia, os SaaS, Software as a Service ou Software como um Serviço são bastante explorados pelo geoprocessamento.

 

E mesmo que nem todos sejam baseados em nuvem, característica identitária dos SaaS, existem diversos modelos de softwares usados no setor.

 

Sendo assim, vamos descrever os principais softwares utilizados neste tipo de serviço:

 

  • CADs: Computer-Aided Design ou Desenho Auxiliado por Computador é um sistema de representação gráfica por camadas que utiliza a geometria vetorial. Exemplo: AUTOCAD;
  • SIGs: como vimos acima, são softwares que permitem a análise, manipulação e geração de dados georreferenciados. Exemplo: GPS;
  • Desktop Maping: também conhecido como Computer Maping, são sistemas computacionais cujo objetivo é manipular dados alfanuméricos e mapas vetoriais e dados alfanuméricos entre os CADs e os SIGs. Exemplo: MapWindow;
  • QGIS: softwares livre de geoprocessamento, ou seja, gratuitos;
  • ArcGIS: softwares proprietários de geoprocessamento, ou seja, pagos.

 

Outras denominações serão vistas de maneira mais aprofundada caso faça um tecnólogo em geoprocessamento.

5 aplicações do geoprocessamento no mercado de trabalho

Como visto até o momento, o geoprocessamento possui extrema relevância para a sociedade, principalmente em se tratando de análise de dados territoriais.

 

Mas, quais serão as aplicações do geoprocessamento no mercado de trabalho? Vale a pena fazer uma especialização em geoprocessamento mesmo sendo novo na área?

 

Tire as suas conclusões a seguir!

  • Topografia

Antes de tudo, devemos lembrar que a topografia é a base para qualquer projeto de engenharia, geologia, meio ambiente e mineração.

 

Seja trabalhando em mineradora, construtora ou em órgãos federais, você usará o geoprocessamento integrado à topografia.

 

Como tecnólogo em geoprocessamento, você poderá utilizar a topografia para:

 

  • Modelo digital de elevação (MDE);
  • Modelo digital de superfície (MDS);
  • Sensoriamento remoto e geodésia;
  • Cartografia digital em ambiente SIG;
  • Modelo virtual de afloramento (MVA);
  • Pesquisa topográfica georreferenciada;
  • Reconhecimento topográfico de áreas rurais;
  • Avaliação e categorização de imagens de satélites;
  • Aerofotogrametria e mapeamento aéreo com drone;
  • Levantamento altimétrico, planimétrico e planialtimétrico;
  • Processamento digital de imagens (PDI) em ambiente SIG;
  • Produção de ortofoto com resoluções espaciais remodeladas;
  • Prospecção de fontes energéticas renováveis com auxílio de SIG;
  • Desenvolvimento de sistemas personalizados para softwares de geoprocessamento.

 

Todas essas técnicas serão aplicadas em estudos de superfícies topográficas, mapeamento ambiental temático e análises técnicas ambientais.

  • Setor de energia

No Brasil, quando citamos a aplicação do geoprocessamento no setor de energia, estamos falando basicamente sobre a geração e transmissão de energia elétrica advinda de hidrelétricas.

 

Neste caso, o setor será um pouco mais nichado, dando oportunidade para os técnicos em geoprocessamento desenvolverem suas habilidades principalmente em usinas hidrelétricas, empresas de transmissão de energia e órgãos fiscalizadores estaduais ou federais.

 

Também há oportunidade para desempenhar as suas funções como técnico em geoprocessamento em empresas de energia solar.

 

Atualmente, a energia solar fotovoltaica corresponde a 7,8% da matriz energética brasileira, e com expectativa de crescimento acelerado.

 

A partir daí, consideramos ser bastante interessante investir no geoprocessamento no setor fotovoltaico.

 

Nele, o técnico em geoprocessamento desempenhará funções como:

 

  • Coletar medidas de telhados;
  • Fazer medições automatizadas in loco;
  • Monitorar Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs;
  • Usar modelos 3D para prever possíveis sombreamentos nas placas;
  • Criar projetos precisos com o auxílio de mapas de drone em alta resolução.

 

Consequentemente, as estratégias mencionadas contribuem para otimizar a rotina de geoprocessamento no setor energético, deixando os projetos mais precisos e, por sua vez, dando a possibilidade de os acompanhar à distância, sem a necessidade de sempre ir até o local fazer inspeções e medições.

  • Construção civil

A construção civil é um setor amplo, constituído, basicamente, por qualquer construção no meio social.

 

Podemos citar, por exemplo, a construção de pontes, barragens, estradas, aeroportos, usinas hidrelétricas, casas, edifícios, entre outras infraestruturas.

 

O geoprocessamento, por sua vez, é aplicado durante todo o processo de uma obra, contando com estudos iniciais, anteprojeto, projeto, planejamento, execução e procedimentos de manutenção.

 

Neste setor, a principalmente função do geoprocessamento é baratear o processo de construções das obras e aumentar a produtividade da equipe.

 

Isso ocorre, principalmente, por estudos de perímetros urbanos, que, por sua vez, geram dados demográficos, topográficos, geográficos, físicos e de infraestrutura.

 

No cotidiano de trabalho de técnico de geoprocessamento, serão aplicadas 4 principais atividades na construção civil:

 

  • Cadastro predial: realizado por órgãos públicos, os cadastros feitos com auxílio dos SIGs tendem a gerar maior previsão nas cobranças. Consequentemente, o município consegue estruturar o seu orçamento anual mais assertivamente;
  • Planejamento urbano: pela necessidade de cidades com mais de 20 mil habitantes possuírem um Plano Diretor Urbano (PDU), os SIGs ajudam a colher informações sobre características ambientes, dados de zoneamento, urbanização e mapas em um único local;
  • Cadastro de infraestrutura: dados sobre iluminação, cabeamento, rede de água e esgoto de determinado município. Também podem ser gerados por SIGs e ajudam não somente a cidade, mas também as construtoras responsáveis por obras de infraestrutura local;
  • Expansão de unidades habitacionais: para que o gestor público decida sobre se determinada obra tem viabilidade, ele precisa ter em mãos dados como zonas de risco pluvial, áreas impermeabilizadas ou vazios urbanos. Portanto, os SIGs auxiliam os tomadores de decisão a construírem um plano de expansão de unidades habitacionais que possua aplicabilidade real, e não sejam obrigados a parar a obra pela metade, assim como ocorria frequentemente no passado.

 

Apesar de os exemplos citados focarem mais na construção civil para mobilidade urbana, devemos nos lembrar que as obras do Estado são realizadas por empreiteiras privadas.

Mesmo que os gestores públicos contem com os SIGs durante o planejamento orçamentário, são as empresas de construção civil e, consequentemente, os seus técnicos de geoprocessamento que ficarão responsáveis por utilizar os dados captados pelos softwares.

  • Monitoramento ambiental

Todas as aplicações do geoprocessamento citadas acima contam com o monitoramento ambiental, mas, neste caso, tratamos de um gerenciamento de dados focado em gestão ambiental.

 

O exemplo clássico do geoprocessamento em monitoramento ambiental é quando observamos o avanço do desmatamento na Amazônia ou, em outro cenário, o derretimento das calotas polares.

 

Em suma, o geoprocessamento ambiental pode ser aplicado por técnicos de qualquer setor, desde órgãos ligados à Administração Pública, empresas até entidades particulares, geralmente ONGs.

 

Caso você queira realmente fazer um curso de geoprocessamento, vale pesquisar bastante sobre a área ambiental. Afinal, você pode adentrar nos mais diversos setores econômicos, mudando de carreira conforme a disponibilidade do setor.

 

Atualmente, as principais funções do técnico de geoprocessamento na gestão ambiental diz respeito à elaboração de mapas cartográficos temáticos, estudo de impacto Ambiental (EIA), diagnóstico de impacto ambiental (DIA) e avaliação de impacto ambiental (AIA).

  • Agricultura

Segundo pesquisa do Cepea, o agronegócio representa 27,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, sendo uma das maiores fontes de renda do país.

 

Devido a sua relevância em âmbito nacional, aquelas velhas estratégias de plantio e colheita foram substituídas pela agricultura de precisão, ou seja, uso de tecnologia pelos produtores rurais.

 

Nesta seara, o geoprocessamento associado aos métodos de mapeamento tem auxiliado enormemente na produção de mapas temáticos e na quantificação de dados de agricultura, tais como informação sobre os recursos naturais disponíveis, geografia da região e características socioeconômicas.

 

Em suma, o geoprocessamento e sensoriamento remoto demonstram grande potencial de aplicação no âmbito rural, disponibilizando informações relevantes sobre suscetibilidade à erosão, deficiência de fertilidade, oxigenação, água e impedimento à mecanização.

 

Baseando-se nesse volume excessivo de dados, muitas vezes, tratados por técnicos com pouca informação sobre o assunto, torna-se extremamente necessária a especialização em geoprocessamento e aplicação de técnicas não convencionais para manejo, estruturação e simulação dos dados.

Perspectivas futuras para o mercado de geoprocessamento

Conforme pesquisa da Prescient & Strategic Intelligence, a projeção de crescimento do mercado de geoprocessamento é de 12,1% entre 2020 e 2030, movimentando cerca de US$ 25,6 bilhões em operações mundiais.

 

Apesar da boa notícia, quais seriam as razões factíveis pelas quais o mercado de geoprocessamento teria um crescimento tão acelerado em pouco tempo?

 

Em resumo, pela demanda de carros autônomos, ampla disponibilidade de drones com tecnologia sofisticada e a crescente adoção de tecnologia de casa inteligente.

 

Além disso, grandes empresas tendem a utilizar os SIGs para gerenciar sua cadeia de suprimentos e, consequentemente, aumentar a eficiência operacional das companhias, principalmente no setor energético, na construção civil e na agricultura, setores sedentos por maiores receitas com baixo custo.

 

E com o crescimento do setor e poucos profissionais qualificados, a tendência é que os salários aumentem exponencialmente, assim como ocorreu na área de tecnologia, fomentada principalmente pela startups.

Quanto ganha um profissional de geoprocessamento?

Antes de citarmos o salário de um técnico em geoprocessamento, devemos fazer algumas ressalvas.

 

Todo salário deve ser analisado com base nos níveis de experiência do colaborador, além do tamanho da companhia em que esse profissional atua.

 

Atualmente, há cargos de técnico em geoprocessamento para estagiário, trainee, júnior, pleno, sênior e master.

 

Só para nivelar o conhecimento de todos, trainee é uma categoria de treinamento oferecido para aqueles profissionais recém-formados, enquanto o master se trata do mais alto nível hierárquico do setor, geralmente chamado gerência.

 

Pois bem! Ao verificarmos os níveis salariais médios de Analista em geoprocessamento no Brasil, chegamos a uma faixa de R$ 4.424,00 + benefícios.

 

Mas, como dito acima, essa não deve ser a maneira usada de analisar um salário.

 

Por isso, montamos uma tabela com os principais níveis salariais do mercado, a começar do traine.

 

Veja a seguir:

 

PORTE DA EMPRESASALÁRIO MÉDIO
TraineeJúniorPlenoSêniorMaster
Grande EmpresaR$ 4.040,83R$ 5.496,95R$ 6.021,49R$ 7.624,71R$ 9.318,42
Média EmpresaR$ 2.534,02R$ 3.914,12R$ 4.351,24R$ 6.853,93R$ 7.432,02
Pequena EmpresaR$ 2.111,68R$ 3.428,43R$ 3.792,70R$ 4.211,61R$ 5.693,35

Geo Sem Fronteiras

Se você se interessou em entrar na área, mas está com medo de investir em uma carreira até pouco tempo desconhecida, que tal adquirir o curso grátis de geoprocessamento da Geo Sem Fronteiras?

 

A Geo Sem Fronteiras é uma empresa cuja proposta é difundir conhecimento das engenharias e geociências através de cursos presenciais, online e in company.

 

Visando levá-lo pelo caminho do geoprocessamento, nós oferecemos diversos cursos gratuitos, em que você pode se aprofundar antes de decidir se esse é o melhor caminho para a sua carreira.

Para realizar os cursos, você não precisa ser formado em nenhuma graduação. Além disso, você terá 20 dias consecutivos para acessar os cursos, sem nenhum pré-requisito para cursá-los.

 

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