O Eclipse Lunar é um fenômeno que acontece quando o planeta Terra está entre o Sol e a Lua e, por conta disso, a Lua se torna total ou parcialmente invisível por um período de tempo. 

Em 2022, algumas regiões do Brasil tiveram a oportunidade de observar uma ‘Lua de Sangue’(eclipse lunar total) e se encantar com esse espetáculo astronômico! 

Para os amantes da Astronomia, somente a possibilidade de poder observar um fenômeno como esse fazem os olhos brilharem de emoção. Ainda mais, quando sabemos que ele só acontecerá de novo em 2025.

As previsões para 2023 incluem um eclipse lunar penumbral entre os dias 5 e 6 de maio, porém não será visível no Brasil. Enquanto esperamos ansiosos por 2025, vamos entender o processo que ocorre por trás desse evento e nos preparar para as observações futuras? 

O que é Eclipse Lunar?

Basicamente, para que o eclipse lunar aconteça é necessária uma noite de Lua Cheia para que a esfera celeste comece a entrar na sombra da Terra, chamamos isso de fase parcial. Quando isso acontece, parte desse satélite natural fica oculta e quando atinge o seu ponto máximo, a Lua fica totalmente coberta pela sombra do planeta e não consegue ser completamente iluminada pelo Sol.

Para exemplificar esse processo, pode-se imaginar uma sala de cinema lotada na qual todos estão ansiosos para assistir uma cena específica do filme. Quando chega o momento, uma pessoa passa bem na frente do projetor, bloqueando a luz por um curto período e tudo que é possível ver é a sombra do indivíduo que acabou de arruinar a experiência do público no ápice do filme. Esse mesmo acontecimento ocorre durante o eclipse lunar, porém é necessário mais informações para entender melhor esse evento. 

Como ocorre o Eclipse Lunar?

É importante saber que o brilho da Lua só existe porque a luz do Sol é refletida, ou seja, este satélite não possui luz própria. Existe um material, chamado regolito, que recobre a superfície lunar e é responsável por refletir os raios solares e fazer com que a Lua apareça iluminada, porém quando a Terra fica entre a Lua e o Sol, projeta uma sombra e deixa a esfera celeste oculta por um curto período. 

Durante o eclipse, pode-se notar que a Lua nunca desaparece por completo. Ao longo deste espetáculo, é possível acompanhar a sombra da Terra se espalhando pela parte visível do satélite e, dependendo do tipo de eclipse, seja ele parcial ou total, essa sombra ficará obscurecida até que a Lua, seja coberta por completo. Então, ao chegar a seu ápice, a sombra mudará repentinamente e dará origem a tão conhecida ‘Lua de Sangue’, pois deixará a esfera celeste com um tom avermelhado.

De acordo com isso, pode-se afirmar que a mudança de cor acontece por conta da Terra, pois no pico do eclipse ela fica entre a estrela e o satélite, porém não é possível bloquear os raios solares completamente. Ao invés disso, parte da luz atravessará o planeta e atingirá a Lua. 

Nesse processo, as moléculas que compõem a esfera da Terra filtram alguns complementos da onda de luz, vinda dos raios e geram o tom avermelhado. Se o planeta Terra não existisse, é possível que a esfera celeste desaparecesse durante os eclipses, porém como é possível a reflexão de raios solares em direção à Lua, acaba deixando ela iluminada durante este evento.

Os tipos de Eclipse

Dependendo da posição da Lua e da sombra projetada pela Terra, é possível observar três tipos de eclipses lunares:

• Eclipses penumbrais: Neste caso, a superfície da Lua se torna levemente escurecida ao passar pela região do cone de penumbra produzido pelo Planeta Terra.
• Eclipses parciais: Já nesses casos, é possível observar que somente parte da sombra da Terra é projetada pela Lua.
• Eclipses totais: E, por fim, nos eclipse lunar total, toda a superfície do satélite é coberta pela sombra da Terra. Além disso, nesses casos é possível observar a tão esperada ‘Lua de Sangue’.

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